De
família circense, o Jornalista Mário Motta se destacou nas atividades humanas e
de liderança e hoje é um dos maiores nomes da comunicação em Santa Catarina
Tudo
começou num olhar discreto e criativo para aquilo que tendia a ser o mais
iluminado e interativo de todos os ambientes. Onde os palhaços inspiram risadas
e os trapezistas esbanjam espetáculos, formou-se o dono da sanfoninha. O menino
que nasceu junto com o grupo circense, em 25 de março de 1952, em Santo André,
no estado de São Paulo, era filho dos donos, os veteranos artistas do rádio
paulista, Mário Pinto da Motta e Nair de Campos Motta, conhecidos como Motinha
e Nhá Fia.
O
circo que levava o apelido dos pais de Mário Pinto da Motta Júnior foi a maior
faculdade de vida do pequeno artista. Com o grupo, e o irmão mais novo Gilberto
Motta, que viajou o Brasil por quinze anos, o menino teve seu primeiro número
nos espetáculos definido a partir dos quatro anos, quando ganhou uma sanfoninha
de quatro baixos, fabricada em Santa Catarina.
Dividindo
o estudo primário nas escolas das cidades que passava, o garoto do circo chegou
a trocar de escola quinze vezes por ano. Foram mais de quatrocentas cidades
visitadas durante este período. Mas diante da necessidade de se dedicar aos
estudos, a família largou as atividades circenses e fixou residência em Tupã,
também em São Paulo. E foi justamente na mesma época que a família adquiriu um
hotel que seria a fonte de trabalho por muito tempo.
Do circo para o esporte e a
imprensa
O
contato com as pessoas parecia se tornar ainda mais necessário para Mário. Na
Escola Superior de Educação Física da Alta Paulista, o garoto que recém havia
saído do circo integrou a primeira turma de formandos daquela instituição no
ano de 1973. E, em 1974 foi convidado para lecionar na segunda turma do curso,
sendo escolhido Patrono da turma.
Ainda
em Tupã, o pai voltou para as ondas do rádio. Por um hobby, apresentou o
programa “No tempo do Motinha”, que trazia as músicas da então velha guarda
para o público. Nesta oportunidade e diante das visitas aos estúdios, Mário
começou a gravar comerciais e se identificar com a atividade radiofônica.
Em
1974, Mário se mudou para a região serrana de Santa Catarina, fixando
residência por dois anos na cidade de Lages. Aprovado em um concurso público em
São Paulo, Mário Motta deixou as atividades no estado catarinense no início de
1977.
Foi
lecionar Educação Física em Mauá. Na mesma época treinou a equipe masculina de
Voleibol do Clube de Regatas Tietê de SP. E para não ficar distante da
comunicação, integrou a equipe esportiva da Rádio Emissora ABC de Santo André.
Após
rápido retorno à Tupã para acompanhar os últimos meses de vida de seu sogro que
faleceu em seguida, voltou a trabalhar agora como Diretor Artístico, na
emissora onde havia iniciado sua carreira, a Rádio Piratininga. Mas, Mário
continuava insatisfeito por ter deixado Lages, cidade pela qual teve tamanha
paixão despertada. E após receber inúmeras propostas de trabalho, retornou para
Santa Catarina no final do ano de 1980. E desde que retornou à Lages no início
dos anos 80 decidiu priorizar a carreira jornalística transformando-se num dos
mais renomados comunicadores da imprensa catarinense.
Já
em Santa Catarina, liderou a TV Planalto, afiliada do Sistema Brasileiro de Televisão,
o SBT, sendo o coordenador de jornalismo da sucursal da capital, Florianópolis,
inaugurada no mesmo período.
Poucos
meses depois, diante do destaque que obteve nos trabalhos, foi convidado para
trabalhar na RBS TV, afiliada da Rede Globo de Comunicações no Estado.
A família
Há
37 a também professora de Educação Física e artista plástica Glória Lúcia
Caetano Corrêa Neto Motta, curiosamente filha de jornalista, é parceira de
Mário Motta nesta longa e brilhante jornada. E para se complementarem por definitivo
tiveram dois filhos, Mário Aleixo, 35, e Maria Carolina, 33, ambos bacharéis em
Turismo e Hotelaria.
Mas afinal, quem é o dono da
sanfoninha na imprensa catarinense?
Mário
Motta é um dos grandes nomes da imprensa catarinense. Há 27 anos é âncora do
Jornal do Almoço, na RBS TV. É há 17 locutor e comentarista da Rádio CBN
Diário. Além disso, escreve para jornais que pertencem ao Grupo RBS, como o
Hora de Santa Catarina. Mediou grandes e importantes debates políticos,
coberturas de eleições, carnavais e os mais variados eventos no Estado. E até
hoje continua dedilhando o teclado de sua estimada companheirinha de quatro
baixos. Agora como hobby, é claro.
Matéria feita para publicar no Jornal Extra, que é elaborado pelos acadêmicos do Curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo da UNISUL de Tubarão.
Esta mesma matéria precisou ter a quantidade de caracteres adaptado para ser inscrita no PLUS Festival, o festival acadêmico da mesma universidade. E foi premiado na categoria Reportagem Impressa .